Dinheiro traz felicidade?

Provavelmente você já deve ter ouvido que dinheiro não traz felicidade. No entanto, ele sempre esteve presente nas relações humanas. É fato que o dinheiro – moeda ou cédula – nem sempre existiu desta forma. A história de sua evolução é muito interessante e, diria que é fantástica.

Nossos ancestrais faziam trocas entre si antes de existir o dinheiro como conhecemos hoje. O motivo dessas trocas, inicialmente, era para garantir necessidades básicas. Para validar essas trocas, os interessados deveriam chegar a um acordo a respeito do valor de suas mercadorias.

Valor é a palavra-chave para compreender o que é o dinheiro. O dinheiro tem o valor que atribuímos a ele. Caso contrário, seria apenas papel ou metal.

Provavelmente, você aceitaria trocar R$1,00 por US$1,00. Mas, o dono do dólar, não aceitaria a troca 1X1, mesmo que no papel, esteja escrito o número 1. US$1,00 tem um valor muito maior que não se explica apenas matematicamente.

Fica difícil entender, como penas, conchas, chicletes, cigarros, chá tenham sido utilizados em algum momento da história (ou ainda são) como valor de troca. O contexto histórico, cultural, político e econômico pode justificar tais escambos, além de demonstrar os significados, por vezes, contraditórios que construímos sobre o dinheiro ou aquilo que tem valor mensurável.

A questão do valor e a tramitação do dinheiro na economia não é simples. Por um lado, ainda hoje o ser humano continua atribuindo valor a uma série de produtos, por outro, há uma complexidade crescente que as relações de trocas adquiriram ao longo dos anos. Seja como for, isso mostra a importância dos conhecimentos sobre o funcionamento da economia. Tais conhecimentos se tornaram ferramentas fundamentais para vivermos num mundo globalizado. A esse processo de conhecer a economia, chamamos de “Alfabetização econômica”.

Assim como as trocas de mercadorias possuem um valor intrínseco, o mesmo acontece com a felicidade. Isso significa que a felicidade é um fenômeno socialmente construído.

O que é felicidade?

Para milhões de miseráveis que existem no mundo a comida deve ser a maior fonte de felicidade. Para alguns que vivem de aluguel e não conseguem comprar sua casa, o sentido de felicidade é outro. Observamos com esses dois exemplos que a felicidade está atrelada ao nível de renda e, mais ainda, ao desemprego e a desigualdade.

Desta forma, podemos dizer que a felicidade está relacionada à percepção de satisfação de vida que cada indivíduo possui: subsistência, experiências (positivas e/ou negativas), trajetórias, sentido de pertencimento a um grupo, identidade, sendo que as duas últimas podem estar relacionadas ao consumo de determinados produtos ou marcas.

Neste sentido, observamos que uma das características da contemporaneidade é a sofisticação das estratégias de marketing que procuram interferir na construção da identidade das pessoas e a sensação de que precisamos ser sempre felizes e que é possível comprar a felicidade.

Quanto à questão – Dinheiro traz felicidade? Existem várias pesquisas cujos resultados apontam que o dinheiro traz felicidade somente se for bem administrado e utilizado para dar conforto às pessoas, convertendo-se em alimento, moradia, viagens e qualquer outro tipo de vivência que traga lembranças de bons momentos.

Cada pesquisa aponta algo diferente e indicam que a posse de bens materiais não traz felicidade da maneira como imaginamos.

O impacto maior do dinheiro na felicidade ocorre quando ele supre as necessidades básicas das pessoas (alimentação, moradia, saúde, educação e vestuário).

As pesquisas descobriram que ganhar mais dinheiro do que o necessário para ter uma vida confortável não aumenta a felicidade na mesma proporção.

As pessoas de todos os níveis socioeconômicos, quando falam de felicidade, lembram-se de momentos com a família, viagens, realização de projetos que beneficiam a todos, de boas ações. Mesmo tendo dinheiro, você pode ser infeliz, porque não sabe gastá-lo com coisas que valham a pena na vida.

Os dados do estudo publicado em 2014, cujo coautor é o professor Ryan Howell, da Universidade de São Francisco, indicam que a felicidade é maior quando o dinheiro é gasto com experiências para a pessoa que tem dinheiro, do que com a aquisição de produtos para ostentar para os outros.

O que vale a pena é comprar experiências de vida e não bens materiais. E ao consumir, você precisa ser verdadeiro consigo mesmo. Quando a sua felicidade está em outras pessoas, você dificilmente terá uma felicidade verdadeira.

Agora é a sua vez, o que é felicidade para você?!

Leitura complementar:

Dinheiro traz felicidade, sim, e leva a uma vida satisfatória, diz estudo.


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