Consumir é ato inerente ao ser humano. Consomem-se água, comida, roupa, amor. Mas, quando a intensidade desse consumo é grande, o consumo pode ser devastador e comprometer o rumo de nossas vidas e de futuras gerações.
Consumir vai além da utilização de cartões de crédito e compras, implica em situações que exigem escolhas e tomada de decisão mais equilibradas. É algo muito mais complexo, precisamos saber a diferença entre desejo e necessidade, aprender a planejar e poupar, ter metas a serem alcançadas e mais, ensinar tudo isso para as crianças.
Onde começa o perigo?
Nem sempre a pessoa percebe que está consumindo em excesso. E muito menos, que isso pode revelar insatisfação consigo mesma, provocar desequilíbrio financeiro, gerar frustração, ansiedade, discussões em casa e nenhum objetivo ou sonho concretizado. Assim, o círculo vicioso de consumismo e dívidas se estabelece em muitas famílias.
Vários são os fatores que se entrelaçam nesta intricada rede entre consumo, desequilíbrio financeiro e insatisfação pessoal. Destacamos cinco deles:
1º – A ausência de conhecimento e tomada de consciência sobre conceitos econômicos básicos com os quais lidamos no cotidiano: utilização do dinheiro,
percentual de juros no cartão de crédito e cheque especial, ausência de hábitos de poupança e planejamento, podem facilitar o desenvolvimento de comportamentos financeiros ineficazes.
2º A pressão que estratégias publicitárias exercem nas pessoas para aquisição de produtos que garantem visibilidade, identidade e status.
3º Ausência da formação de um consumidor ciente de seus direitos e deveres e observador crítico da mídia e da publicidade.
4º Utilização pouco saudável das tecnologias e todos os tipos de telas (videogames, smartphone, tablets, etc.) por adultos, crianças e adolescentes.
5º Existência mínima de escolas com um trabalho pedagógico sistemático para a Educação Econômica: financeira e para o consumo consciente. Acreditamos que
esse equilíbrio trará uma qualidade de vida para todos.
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